Maria Izabel Cardoso Maia - Dissertação


RESUMO: Com o objetivo de avaliar a divergência genética entre 89 acessos de feijão comum (Phaseolus vulgaris L.), pertencentes aos grupos roxo-rosinha e carioca, foram avaliados 11 caracteres e utilizados os métodos estatísticos da Análise Multivariada e os métodos de agrupamento do Vizinho mais Próximo e de Tocher. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso, com três repetições, sendo as parcelas constituídas de duas linhas de quatro metros, espaçadas de 0,40 m, com 15 plantas/metro. Os caracteres avaliados foram: porte da planta, mancha angular, ferrugem, mosaico dourado, altura da vagem, altura da planta, peso de 100 sementes, número de vagens/planta, número de sementes/vagem, rendimento e florescimento médio. A análise das variáveis canônicas foi utilizada para calcular a distância Euclidiana média e para indicar a importância relativa dos caracteres. Os coeficientes de correlação genética e fenotípica, assim como a herdabilidade entre os caracteres, foram estimados. A análise de agrupamento foi realizada por dois métodos, de Tocher, utilizando a distância generalizada D2 de Mahalanobis e o método aglomerativo do Vizinho mais Próximo, com o uso da distância Euclidiana média, que permitiu a obtenção de dendograma. A importância relativa dos caracteres foi estudada através dos métodos de Jolliffe e de utilização dos coeficientes de correlação das variáveis canônicas com os caracteres avaliados. Neste trabalho pode-se concluir que houve variabilidade genética entre os acessos estudados pela análise multivariada. Os caracteres porte da planta, altura de planta, rendimento e mosaico dourado apresentaram os maiores coeficientes de correlação genética em ambos os grupos, sendo que as maiores herdabilidades foram encontradas nos caracteres peso de 100 sementes, porte da planta e altura da planta, em ambos os grupos estudados. Houve pouca variabilidade explicada pelas primeiras variáveis canônicas, não sendo portanto possível a dispersão gráfica no espaço. Para a discriminação dos acessos e formação de grupos, o método de Tocher mostrou-se mais eficiente que o método do Vizinho mais Próximo. Analisando conjuntamente os métodos de Jolliffe e dos coeficientes de correlação das variáveis canônicas com os caracteres avaliados, pode-se concluir que porte de planta e peso de 100 sementes foram os caracteres que mais contribuíram para a divergencia genética observada entre acessos do grupo roxo-rosinha e carioca, respectivamente.