Marilda da Conceição Ribeiro - Dissertação

RESUMO: Plantas de Paepalanthus speciosus Koern foram cultivadas em Goiânia-GO, no período de 1990 a 1997. Coletaram-se as primeiras sementes em julho de 1990 na Reserva Biológica da Serra Dourada, a partir das quais obteve-se plantas para o presente estudo. Foram realizados testes de germinação, estudos de embebição de água pelas sementes e investigação do crescimento inicial das plântulas. Foi estudado também o efeito do ácido giberélico (GA3) no crescimento inicial, corno também no processo de florescimento de plantas de P, speciosus. A primeira coleta de sementes em Goiânia foi realizada em setembro de 1992 e estas sementes foram armazenadas por 5 meses. A semeadura destas sementes foi realizada em março de 1993. Das plantas que floresceram em julho de 1996 realizou-se a segunda coleta de sementes, sendo estas usadas para o estudo da embebição, testes de germinação e crescimento inicial, em Goiânia e também na Reserva Biológica da Serra da Mesa realizou-se a semeadura de sementes para serem comparadas com as que estavam crescendo em viveiro. Plantas que não floresceram até agosto e setembro de 1996 foram usadas no estudo do florescimento usando ácido giberélico ou ácido giberélico mais fotoperíodo curto ou longo. De acordo com os resultados apresentados por plantas cultivadas em Goiânia, pode-se afirmar que as sementes de P. speciosus não perdem sua germinabilidade se cultivadas fora de seu ambiente natural, e pode-se sugerir que ácido giberélico 200, 400 e 1000 micrograma/mL parecem promover o crescimento destas plantas, pois foram efetivas no aumento de folhas e no aumento do diâmetro da coroa enquanto que GA₃ 600 micrograma/mL mostrou ser mais efetivo no processo que leva ao florescimento. Pode-se concluir também que P. speciosus é uma planta de dia longo.