Reinaldo Soares de Paula - Dissertação
RESUMO: Na região Centro Oeste, dadas as condições climáticas, o tomateiro pode ser cultivado o ano inteiro. Dentre as principais doenças do tomateiro de diferentes etiologias que afetam sua produtividade, as mais importantes são a mancha bacteriana causada pela bactéria Xanthomonas campestris pv. vesicatoria, pinta preta ou mancha de alternaria (Alternaria solani), mancha de estenfílio (Stemphylium solani), e requeima (Phytophthora infestans), as quais são responsáveis por altos danos de natureza qualitativa e quantitativa. Conduziu-se experimento com o objetivo de testar níveis de resistência a estes patógenos, em genótipos de origem comercial, banco de germoplasma do CNPH-Embrapa e geração F 1 de tomateiro (Lycopersicon esculentum) em condições de campo, sendo os cruzamentos realizados em casa-de-vegetação, utilizando-se como padrões de resistência os genótipos Ohio 4013, Campbell 28, AG 45 e Hawaii 7998, visando a introdução de características genéticas de resistência. As avaliações foram realizadas semanalmente num total de oito leituras (aos 36, 43, 50, 57, 64, 71, 78 e 85 dias após o transplantio) em cada planta, individualmente, num total de 12 notas, obtendo assim as médias por parcela, considerando-se a severidade da doença em seis folhas, sendo escolhidas aleatoriamente, duas situadas nos terços inferior, médio e superior das plantas. Considerou-se a combinação da porcentagem de área foliar infectada na planta (PAFI), e escala de notas relacionada com o índice de doenças onde: 1 = sem sintomas; 2 = lesões esparsas; 3 = lesões coalescentes; 4 = seca parcial da folha; 5 = morte da folha e 6 = morte da planta. Obteve-se assim as notas por cultivar durante as oito épocas de avaliação, utilizadas na análise estatística. Foram avaliados 19 genótipos tutorados (indeterminado) e 11 rasteiros (determinado) e cruzamento (Hawaii 7998 x Monense). A diferenciação dos genótipos de acordo com a análise de variância dos valores obtidos foi altamente significativa. As cultivares Ohio 4013 e Rotam 4 apresentaram-se como as mais resistentes à requeima (P. infestans), seguidas por Yoshimatsu e cruzamento (Hawaii 7998 x Monense). Para resistência à pinta preta (A. solani) Ohio 4013 e CNPH 738 foram as mais resistentes entre os tutorados. Entre os rasteiros, foram resistentes o cruzamento (Hawaii 7998 x Monense) e Rotam 4. Quanto a resistência à mancha bacteriana (X campestris pv. vesicatoria) destacou-se Ohio 4013, Viradoro, cruzamento (Hawaii 7998 x Monense) e IPA 5. Para resistência à mancha de estenfilio (S. solani) Ohio 4013. Yoshimatusu e TSW-10 comportaram-se como os mais resistentes, entre os tutorados. O genótipo Ohio 4013 e o cruzamento (Hawaii 7998 x Monense) foram os que mais se destacaram em termos de múltipla resistência a estes patógenos, podendo ser indicados para futuros programas de melhoramento. |