Rosemberg Moura de Oliveira - Tese


RESUMO: O experimento de campo foi conduzido na Fazenda Santa Fé, situado no município de Santa Helena de Goiás, GO, numa área cultivada por mais de dez anos no sistema de Plantio Direto, com três cultivos anuais e variada rotação de culturas em um Latossolo Roxo eutrófico. Os tratamentos foram colocados em faixas nos delineamentos de blocos completos casualizado com quatro repetições, tendo como tratamentos palhadas em parcelas de 192 m2 e nitrogênio nas doses de 45, 90, 135 e 180 kg/ha, aplicadas em cobertura aos 20 e 35 dias após a emergência da cultura. Outro experimento foi realizado em casa de vegetação na Embrapa Arroz e feijão, Goiânia, GO, em vasos de 10 litros, com solos e coberturas trazidos do local do experimento de campo, usando as quantidades de cobertura morta e adubação nitrogenada no vaso na mesma proporção das utilizadas no campo. O delineamento experimental foi o tratamento completamente casualizado com cinco repetições. As análises dos resultados indicam que as palhadas formam uma barreira física que impede a expressão dos sintomas do mofo branco, sem prejuízo na produtividade. A área onde o feijão foi cultivado era coberta por palhadas de milho consorciado com braquiária, sorgo, braquiária solteira, arroz e soja com 21,54; 20,67; 19,54; 8,38 e 5,79 t/ha em condições de campo, respectivamente. Não se observaram diferenças significativas da adubação nitrogenada de cobertura em ambos experimentos. Os resultados mostram que o solo bem manejado, a alta fertilidade e a proteção do solo oferecida pela camada de restos culturais favorecem a aplicação de doses menores de nitrogênio. Amostras retiradas do solo a 5 cm de profundidade, após o plantio, de cada parcela foram lavadas em peneiras de 1 e 2,38 mm de aberturas, com a finalidade de detectar a presença de escleródios de Sclerotinia sclerotiorum. Os resultados demostram que a área é toda infestada com escleródios, estruturas de resistências do mofo branco, que, entretanto não prejudicaram a produtividade do feijoeiro, possivelmente devido à formação de uma barreira física das respectivas palhadas. Além disso, quanto maior a homogeneidade destas palhadas, maior é a sua interação com os fatores ambientais.