Lázaro Eurípedes Xavier - Tese


RESUMO: A eficiência econômica na alocação de recursos, a  rentabilidade e os sistemas de produção de café no Brasil foram analisados a partir de dados levantados na pesquisa desenvolvida pela Embrapa/Café nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Bahia. A amostra conta com 99 talhões que foram acompanhados durante os anos agrícolas de 1998/1999 e 1999/2000. Teve-se por objetivo saber se produzir café no Brasil era uma atividade lucrativa. Para a análise da eficiência econômica na alocação dos recursos produtivos, utilizou-se a função de produção Cobb-Douglas. Os resultados mostram que, em todos os modelos estimados, a produção aumenta com a idade da cultura, exceto para o café cultivado no sistema tradicional.  Os cafezais mais novos apresentam retornos econômicos marginais mais altos, entrando em decadência com o passar dos anos. Para a análise dos custos de produção utilizou-se o método do custo anualizado equivalente, para as mesmas sub-amostras, em horizonte de tempo que variou de 16 anos para o sistema adensado, 20 anos para o estado de Minas Gerais e de 24 anos para o Brasil e para o sistema tradicional. O sistema adensado possui o maior custo de produção/sc. O estado de Minas Gerais produz o café com custo mais elevado do que o café produzido no Brasil como um todo. O custo de produção mais baixo é para o café no sistema tradicional. Para a análise de viabilidade do investimento na produção de café utilizou-se o método da taxa interna de retorno. Esta apresentou-se bastante alta se comparada com as taxas de juros praticadas no mercado financeiro. O café tradicional apresentou a maior TIR (109%), seguido do café produzido no Brasil (84%), adensado (66%) e Minas Gerais (54%). A TIR apresentou-se mais sensível a variações no preço do café e nas reduções da produtividade do que na redução de despesas, sejam elas de formação ou de exploração.