Ricardo Pereira da Silva - Dissertação


RESUMO: O experimento foi realizado no município de Silvânia — GO, em um pomar comercial de uva Patrícia (IAC 871 — 41) durante o período de fevereiro a outubro de 2003. O delineamento experimental usado foi blocos casualizados com quatro tratamentos e cinco repetições. Os Qbjetivos desse trabalho foram estudar o comportamento fenológico da cultivar sob diferentes épocas de podas (13/03, 28/03, 12/04 e 27/04), registrar através de avaliações visuais as fases fenológicas: poda até gemas inchadas; gemas inchadas a início de brotação; brotação até aparecimento da inflorescência, aparecimento da inflorescência a ínicio da floração; início da floração a floração plena; plena floração a início de frutificação; Início da frutificação à fase de “chumbinho”; fase de “chumbinho à “Ervilha”; Ervilha a início da compactação do cacho; compactação do cacho a início da maturação; e inicio da maturação até a colheita, avaliar também os caracteres relacionados aos cachos, das bagas, sólidos solúveis totais -  SST, Acidez total titulável — ATT e a relação entre SST/ATT. As diferentes épocas de poda, nos dias 13/03, 28/03, 12/04 e 27/04 de 2003, exerceram grande influência sobre o comportamento fenológiço da cultivar Patrícia em Goiás. A duração do ciclo (poda-colheita) foi de 152, 172, 185 e 178 dias para as respectivas épocas de podas. O número de dias necessários para completar o período da poda a início da brotação variou de 11 a 14. A subfase mais longa foi a de início de maturação até a colheita variando de 48 e 74 dias registrados nas podas 1 e 3, respectivamente. As podas não afetaram significativamente o tamanho e as formas dos cachos, entretanto, estes apresentaram-se grandes e medianamente compactos com 20,52 cm médios de comprimento. O maior diâmetro de baga foi encontrado na poda 4 com 19,14 mm, padrões considerados adequados para a cultivar. As diferentes épocas de podas não exerceram influência sobre teores de sólidos solúveis totais, com média de 18,42 0Brix, entretanto houve variação significativa para a acidez total titulável, evidenciada nas podas 1 e 4 respectivamente com 1,44 e 0,87g de ácido tartárico/100 mL de mosto de uva. As diferentes épocas de podas afetaram significativamente a relação SST/ATT, sendo a menor relação encontrada na poda 1 com apenas 13,08 mas, alcançou 21,93 na poda 4.