Osvaldo Antunes de Souza - Dissertação


RESUMO: Este trabalho teve por objetivo avaliar a germinação e velocidade de emergência do piqui (Caryocar brasiliense Camb.) em condições naturais, através de frutos maduros coletados em duas regiões, Porangatu-GO e Faina-GO submetidos a seis diferentes tratamentos, bem como identificar qual o mais eficiente método de quebra de dormência e quais fatores ambientais envolvidos no processo. Os tratamentos foram: 1) semente com tecidos anexos imersa em água; 2) semente sem tecidos anexos imersa em água; 3) semente (amêndoa) imersa em água; 4) semente com tecidos anexos imersa em solução de ácido giberélico; 5) semente sem tecidos anexos imersa em solução de ácido giberélico; 6) semente (amêndoa) imersa em solução de ácido giberélico. . O delineamento empregado foi em blocos ao acaso, com 12 tratamentos por bloco e quatro repetições. Conduziu-se o experimento em telado com 50% de sombreamento. Foram feitas observações a cada 48 horas por um período de 77 dias contados a partir do plantio das sementes.  Observou-se que nos tratamentos com ácido giberélico (GA3), principalmente nos de frutos com polpa e despolpados, apresentaram taxa e velocidade superiores, comparadas aos tratamentos com água. Já as amêndoas, em ambos os tratamentos, os índices de velocidade e de emergência não foram muito diferentes. As amêndoas que receberam tratamento apenas com água apresentaram 26,25% de germinação para aquelas procedentes de Faina e 21,50% para as de Porangatu. Estas percentagens são consideráveis para a espécie. Portanto, torna-se recomendável avaliar os custos de produção de mudas de pequi; se, através de amêndoas em tratamentos apenas com água, mesmo considerando o grau de dificuldade e os custos do processo de escarificação; e, ou, através do uso de ácido giberélico para tratamento das sementes de pequi nas diferentes condições; que implicará em percentagens de germinação maiores, porém não significativas estatisticamente entre-si, mas certamente com custos de produção mais elevados.